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A fadiga do Zoom e o novo mal do século



Olhando para as transformações que o mundo tem passado nos últimos quase dois anos, podemos afirmar que nós seres humanos somos extremamente adaptáveis, uns mais e outros menos. Durante os períodos mais críticos da pandemia do novo coronavírus, estudar, trabalhar, socializar e o lazer foram destinados a um só lugar: a tela de computadores ou celulares.


O resultado disso após um longo período foi um cansaço mental extremo, de modo que a mais simples pergunta “vamos fazer uma call rapidinha?” até arrepia. Estamos cansados de festinhas on-line e de reuniões intermináveis por videoconferência. Essa exaustão foi chamada de “fadiga do Zoom”, revelada por uma pesquisa da Universidade de Stanford.


Dentre os sintomas destacados pelos pesquisadores, estão cefaléia, cansaço físico e mental, estresse e crises de ansiedade, relatados principalmente por profissionais em home office ao precisarem lidar com muitas horas de reuniões durante a semana de trabalho. O artigo foi publicado na revista Technology Mind and Behaviour, da Associação Americana de Psicologia.


Muitos outros estudos já vêm apontando como a relação das pessoas com os dispositivos tecnológicos pode ser prejudicial quando utilizados de forma excessiva, como uma pesquisa realizada pela agência de saúde pública britânica, que mostrou a propensão de problemas relacionados à saúde mental - tais como depressão ansiedade e agressividade - em crianças que passam muito tempo na internet. No entanto, a análise da Universidade de Stanford foi a primeira a relacionar essa questão ao novo modelo de trabalho remoto


Os pesquisadores da universidade esclarecem que o efeito é ocasionado em decorrência do excesso de contato visual com as telas, falta de movimentação física, olhar o tempo inteiro para sua própria imagem e também por conta do demasiado esforço para assimilar tudo o que está sendo passado naquele momento.


Além do mais, não podemos desconsiderar o fato do isolamento social ter sido um catalisador de doenças mentais, conforme apontado por diversos especialistas. Sabemos que somos capazes de nos adaptar e readaptar quantas vezes forem necessárias, no entanto, não podemos achar que estes processos, quando tão bruscos, não gerarão consequências.


Como se não fosse suficiente as relações humanas limitadas, a readaptação necessária de rotinas e a insegurança causada pelo vírus, muitos - e principalmente as mulheres - acrescentaram à lista a preocupação exaustiva com a aparência durante as chamadas de vídeo. O mesmo estudo da Universidade de Stanford revelou que 13,8% das mulheres ouvidas se sentem muito ou extremamente exaustas, enquanto o relato foi percebido apenas em 5,5% dos homens.


Grande parte dessa exaustão é causada pela “atenção autocentrada”, segundo os cientistas, que consiste na preocupação social em excesso com a aparência durante as videoconferências. Nós, mulheres, sabemos e vivemos muito bem a pressão estética que nos é imposta e durante um período carregado de incertezas, medos e inseguranças, essa cobrança com nós mesmas é extremamente cruel.


Hoje, estamos todos on-line e para manter nossa sanidade mental, precisamos filtrar muito bem assuntos que chegam até nós ou até mesmo que invadem nossos celulares e computadores. De acordo com alguns relatórios da We Are Social e Hootsuit, mais de quatro bilhões de pessoas no mundo estão utilizando a internet, ao passo que no Brasil, 62% da população está conectada por meio das redes sociais, o que equivale a 130 milhões de brasileiros.


Ressalto também a importância em sabermos dosar o tempo que destinamos para atividades on e off. As tecnologias estão evoluindo, e cada vez mais depressa, porém não podemos permitir que elas nos controlem ou ditem o ritmo de nossas rotinas. Olhando para as transformações que o mundo tem passado nos últimos quase dois anos, podemos afirmar que nós seres humanos somos extremamente adaptáveis, uns mais e outros menos. Durante os períodos mais críticos da pandemia do novo coronavírus, estudar, trabalhar, socializar e o lazer foram destinados a um só lugar: a tela de computadores ou celulares.


O resultado disso após um longo período foi um cansaço mental extremo, de modo que a mais simples pergunta “vamos fazer uma call rapidinha?” até arrepia. Estamos cansados de festinhas on-line e de reuniões intermináveis por videoconferência. Essa exaustão foi chamada de “fadiga do Zoom”, revelada por uma pesquisa da Universidade de Stanford.


Dentre os sintomas destacados pelos pesquisadores, estão cefaléia, cansaço físico e mental, estresse e crises de ansiedade, relatados principalmente por profissionais em home office ao precisarem lidar com muitas horas de reuniões durante a semana de trabalho. O artigo foi publicado na revista Technology Mind and Behaviour, da Associação Americana de Psicologia.


Muitos outros estudos já vêm apontando como a relação das pessoas com os dispositivos tecnológicos pode ser prejudicial quando utilizados de forma excessiva, como uma pesquisa realizada pela agência de saúde pública britânica, que mostrou a propensão de problemas relacionados à saúde mental - tais como depressão ansiedade e agressividade - em crianças que passam muito tempo na internet. No entanto, a análise da Universidade de Stanford foi a primeira a relacionar essa questão ao novo modelo de trabalho remoto


Os pesquisadores da universidade esclarecem que o efeito é ocasionado em decorrência do excesso de contato visual com as telas, falta de movimentação física, olhar o tempo inteiro para sua própria imagem e também por conta do demasiado esforço para assimilar tudo o que está sendo passado naquele momento.


Além do mais, não podemos desconsiderar o fato do isolamento social ter sido um catalisador de doenças mentais, conforme apontado por diversos especialistas. Sabemos que somos capazes de nos adaptar e readaptar quantas vezes forem necessárias, no entanto, não podemos achar que estes processos, quando tão bruscos, não gerarão consequências.


Como se não fosse suficiente as relações humanas limitadas, a readaptação necessária de rotinas e a insegurança causada pelo vírus, muitos - e principalmente as mulheres - acrescentaram à lista a preocupação exaustiva com a aparência durante as chamadas de vídeo. O mesmo estudo da Universidade de Stanford revelou que 13,8% das mulheres ouvidas se sentem muito ou extremamente exaustas, enquanto o relato foi percebido apenas em 5,5% dos homens.


Grande parte dessa exaustão é causada pela “atenção autocentrada”, segundo os cientistas, que consiste na preocupação social em excesso com a aparência durante as videoconferências. Nós, mulheres, sabemos e vivemos muito bem a pressão estética que nos é imposta e durante um período carregado de incertezas, medos e inseguranças, essa cobrança com nós mesmas é extremamente cruel.


Hoje, estamos todos on-line e para manter nossa sanidade mental, precisamos filtrar muito bem assuntos que chegam até nós ou até mesmo que invadem nossos celulares e computadores. De acordo com alguns relatórios da We Are Social e Hootsuit, mais de quatro bilhões de pessoas no mundo estão utilizando a internet, ao passo que no Brasil, 62% da população está conectada por meio das redes sociais, o que equivale a 130 milhões de brasileiros.


Ressalto também a importância em sabermos dosar o tempo que destinamos para atividades on e off. As tecnologias estão evoluindo, e cada vez mais depressa, porém não podemos permitir que elas nos controlem ou ditem o ritmo de nossas rotinas.


Por Isabella Inglez, do Grupo Mostra de Ideias.




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