Este 7 de junho, Dia da Liberdade de Imprensa, é uma data para reflexão. Em 2021, pelo quarto ano consecutivo, nosso país caiu posições no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa, realizado anualmente pela ONG Repórteres sem Fronteiras. Atualmente, o Brasil está na 111ª posição entre 180 países, nove colocações a menos do que em 2018.
No entanto, essa situação não se dá por falta de garantias, já que a liberdade de expressão e de imprensa são asseguradas pela nossa Constituição Federal de 1988. Ou seja, temos esse direito respaldado enquanto cidadãos e como comunicadores. A Carta Magna de 1946, aliás, garantia em seu primeiro artigo que “todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido”.
Assim, todo esse cenário atual acaba sendo um reflexo da falta de perceptividade de muitos sobre a liberdade que nos é garantida por direito. Acredito que tais pessoas que não respeitam a atuação dos profissionais da mídia não têm nem a educação, nem o respeito necessários para compreender o papel da atuação da imprensa e a importância de se dar voz e luz a diversos assuntos que afligem a sociedade, independentemente de agradar ou não a determinados grupos.
Por isso, o maior desafio a ser enfrentado pela mídia nessa questão é justamente transmitir ao público o entendimento sobre a força e o impacto da comunicação. Falta, para muitos, a concepção de que a imprensa não é só entretenimento, mas sim um agente fundamental para a sociedade, que cumpre um papel essencial e que oferece apoio para tomadas de decisões.
Como em qualquer área, os profissionais da imprensa devem ser respeitados e terem liberdade garantida para poder realizar o seu trabalho. Do contrário, é uma afronta direta ao que a nossa Constituição garante. Para nós, comunicadores, cabe seguirmos lutando pelos nossos direitos e atuando sempre com coerência no que divulgamos.
Devemos continuar informando para combater o negacionismo e noticiando o que acontece ao nosso redor. Afinal, divulgar informações, custe o que custar, é a verdadeira função da mídia, vital para a vida em sociedade.
- por Rodrigo Bernardino, CEO do Grupo Mostra de Ideias.
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