A cada dia que passa parece que voltamos para os anos 80 e 90, principalmente
se olharmos para as produções mais recentes do cinema, da música e até mesmo da moda.
Com a volta de grandes sucessos dessa época, é imprescindível que analisemos melhor o
recorte das causas dessas décadas impostas nos dias atuais. De influências audiovisuais à
refúgio em tempos de crise, uma coisa é fato: Os tempos da brilhantina estão de volta.
De acordo com o estudo da Parrot Analytics, “Stranger Things” da Netflix é
considerada a maior série do mundo. Desde 2016, podemos creditar a série à ascensão de
toda a estética dos anos 80, juntamente com o sucesso da plataforma de streaming.
Carregado de referências, o grande alcance da série permitiu que sucessos como De Volta
Para O Futuro, Quadrinhos da DC, Karatê Kid, e até a clássica vinheta da época, que já foi
usada por Quentin Tarantino, pudessem ser vistos pela geração atual. Além disso, as
influências das produções visuais como Um Maluco no Pedaço e Todo Mundo Odeia o
Chris sempre estiveram muito presentes aqui no Brasil, contribuindo mais para a presença
da estética dessa década na atualidade.
Um outro aspecto muito importante para analisarmos a tendência do nostálgico é
repararmos no contexto em que este movimento está surgindo. Vivemos em uma época em
que nos acalma apenas o que nos traz esperança. Deste modo, inconscientemente
voltamos nosso olhar para os tempos em que “tudo ia bem”. Com um “empurrãozinho” do
meio streaming e o sentimento de que tudo será bom novamente, o cenário perfeito para
que antigas tendências retornem ao topo está criado.
De todo modo, hoje em dia o saudosismo de tempos bons corroboram para as
tendências atuais, juntamente com a reafirmação audiovisual do meio streaming. A cada dia
que passa a realidade de que as tendências apenas se renovam se tornam mais concretas
e partes do nosso cotidiano. Apesar de serem novidades antigas adaptadas para a
realidade globalizada, a justa singularidade da intersecção dessas características
transforma a época atual em algo único e revolucionário.
- Por Gabriela Malta
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