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Com alta no consumo, azeite de oliva possui especificidades até chegar ao consumidor final

Dispor de rastreador homologado e até mesmo de escolta são algumas ações para que o produto chegue com qualidade e segurança


Foto: Divulgação / Rufatto Transportes


O Brasil é o segundo maior importador mundial de azeite de oliva e azeitonas, já ocupando essa posição há algum tempo, perdendo apenas para os Estados Unidos. É um mercado enorme para esses dois produtos. Os dados da campanha realizada pelo Conselho Oleícola Internacional (COI) no ano de 2017/2018 mostram que o Brasil importou cerca de 77.000 toneladas de azeite e 110.000 toneladas de azeitonas de mesa. As importações desses produtos aumentaram 11% e 10%, respectivamente, em 2018/2019, e o país importou cerca de 90.000 toneladas de azeite e 121.000 toneladas de azeitonas de mesa.


De acordo com o artigo “Consumo de azeite de oliva no Brasil em 2020 sobe apesar da pandemia”, publicado no blog do Canal Rural, apesar da pandemia da covid-19, houve um crescimento de 20% em relação a 2019 no consumo de azeite de oliva, totalizando cerca de 110,3 mil toneladas importadas ao Brasil, sendo um aumento significativo no consumo do produto. Um dos fatores para esse crescimento foi o recuo dos preços internacionais do azeite em dólar, que permitiu aos consumidores adquirir o produto com mais tranquilidade.


Porém, para esse produto chegar até os consumidores finais, ele precisa passar por diversos processos no transporte. “Por se tratar de uma carga de alto valor, são requisitos mínimos para a realização deste transporte possuir um caminhão adequado e ter todas as licenças de transporte exigidas por cada país e uma cobertura alta de seguro. Além disso é importante possuir rastreador homologado, uma gerenciadora de risco acompanhando toda a rota e em alguns casos até escolta”, é o que explica o sócio administrador da Rufatto Transportes e Logística, André Rufatto. A Rufatto Transportes realiza esse tipo de frete trazendo o produto bruto, virgem ou semi virgem direto da cidade de Mendoza, na Argentina.


O transporte rodoviário de cargas possui muitos desafios, principalmente no transporte de líquidos, que possuem várias exigências, desde limpeza do caminhão até regulamentações e treinamentos específicos aos motoristas para que não haja imprevistos.


“Na Rufatto Transportes, nós nos atentamos bastante com a questão do limite de velocidade. Além disso, normalmente não fazemos esse tipo de transporte no período noturno, apenas sol a sol, método implantado aqui prezando sempre pela segurança do motorista e da carga. Além disso, possuímos caminhões dedicados para esse frete e vistoria nas fábricas para mantermos nosso padrão de qualidade”, completa Rufatto.


Por mais que os caminhões-tanques sejam criados em aço inox, a higienização também precisa de atenção especial para que não haja contaminação do produto transportado – neste caso, o azeite de oliva. Apesar de ser um verdadeiro desafio pelo tamanho da composição, existem várias empresas homologadas especializadas nesse tipo de serviço que emitem um certificado a cada lavagem, além de vistorias e de troca constante das borrachas para que impurezas não afetem a mercadoria.


“O azeite de oliva é um produto muito sensível, e deve ser mantido na embalagem negociada. Caso o motorista/transportadora que leva o produto abra a válvula ou algo do tipo, o produto oxigena de imediato e se perdem pontos fortes de sua qualidade”, finaliza a Sunflower Oil and Olive Oil Specialist da Aboissa Commodity Brokers, Laura Pereira.


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