Especialista analisa um cenário é incipiente no setor, mas acredita que o mercado de bebidas quentes ainda tem espaço para crescimento
Foto: Divulgação/pixabay
De acordo com dados da Balança Comercial Preliminar Parcial de Economia do Governo Federal, o Brasil apresentou crescimento de 28,9% nas exportações em âmbito geral, atingindo US$ 8,77 bilhões em setembro. Já em importações, apresentou queda de 18,4%, ou US$ 4,84 bilhões. A balança comercial registrou superávit de US$ 3,94 bilhões, com crescimento de 347,4%, e a corrente de comércio aumentou 6,9%, alcançando US$ 13,61 bilhões.
Nos últimos meses, a exportação no ramo de bebidas alcoólicas no Brasil tem mostrado o potencial da indústria brasileira no ramo dos destilados. O país está situado na 25ª posição do ranking de maiores exportadores globais, ocupando 1,4% do mercado mundial de importações. Os dados são da Agência Brasileira De Promoção de Exportações (ApexBrasil). Cachaça, vinhos e espumantes do Brasil têm conquistado cada vez mais outros países por meio de suas próprias características. A cerveja vem sendo o mais querido no ramo. Para se ter uma ideia, o setor chegou a exportar até R$ 937 milhões.
Segundo Eduardo Ghelere, diretor-executivo da Ghelere Transportes, a notícia ainda é incipiente, mas ele acredita que o mercado de bebidas quentes ainda tem espaço para crescimento. “Pensando no mercado de vinhos, os brasileiros consomem menos de três litros por ano per capita (segundo a Ideal Consulting). Este número pode ser várias vezes maior nos próximos anos, pois os argentinos consomem 30 litros, e os portugueses passam de 60 litros”, analisa o diretor-executivo.
Neste cenário, o ramo das bebidas impulsiona o setor meio do transporte rodoviário de cargas, que nos últimos tempos vem se preparando para a alta na demanda por líquidos. “Ao conseguirem exportar, produtores movem divisas para o país, que normalmente permanecem no Brasil, dado que a garrafa, o rótulo, a rolha, a mão de obra e as embalagens são nacionais. O dinheiro vem de fora e fica no país”, explica o especialista.
Ghelere explica que no momento há um mercado forte de transporte no Rio Grande do Sul, que sofreu nos últimos anos com a desindustrialização do estado. Em 2020, o Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul como a quarta economia do país.
O cenário se mostra bom para produtores e complexo para transportadores com suas frotas modernas ainda com ociosidade devido à redução de volume. “No Rio Grande do Sul, temos frotistas que são exemplos de gestão, empresas com muitos anos de mercado e com capacidade de sobra para atender o segmento”, finaliza Eduardo.
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