Commodities brasileiras voltam ao país com o selo de produto importado
Reprodução/Banco de Imagens)
O Brasil é um país mundialmente conhecido pela sua produção de commodities. Estas representam mais de 6% do PIB, além de 60% de todos os bens exportados. O país estabeleceu uma relação de dependência mútua com as commodities, uma vez que as oscilações de preço destas possuem efeitos diretos na economia.
O país vêm enfrentando crises econômicas e sociais há muitos anos. Vários estudos e análises já teorizaram e chegaram a conclusão de que a mudança de apenas uma palavra no destino das commodities poderia mudar o cenário: de mercado externo, para mercado interno.
Segundo o diretor de operações (COO) da GVM Solutions Brasil, Felipe Medeiros, as matérias-primas brasileiras exportadas, acabam achando seu caminho de volta para o país. “A questão é que grande parte do que exportamos, volta para o país de forma industrializada e com o selo de produto importado e caro. Um exemplo clássico desse fenômeno é a exportação de laranja para o Reino Unido. 80% do Suco de laranja consumido pelos Britânicos, vem do Brasil. Estes, industrializam a matéria-prima brasileira, colocam um rótulo em inglês e nós importamos o produto.”
O que se discute é o fato de que, ao haver matéria primas do Brasil industrializadas em outros países, o consumidor brasileiro acaba pagando um valor maior por uma quantidade menor, quando poderia adquirir produtos mais baratos e com maior quantidade. O cálculo feito resulta em uma perda de valor no produto, mesmo com a adição de custos como da própria industrialização e os impostos.
O executivo ainda ressalta os impactos causadas em um cenário de possível mudança de mentalidade. “Se houvesse um equilíbrio maior entre o que vai para o mercado externo e o que vem para o mercado interno, além de trazer mais investimentos ao país, geração de empregos e receitas Estaduais e Municipais, os preços destes produtos, produzidos deste a origem aqui, seriam expressivamente menores para o consumidor final.”, finaliza.
(Divulgado 26/08/2020)
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