Faltam apenas mais alguns dias para entrarmos em um novo ciclo. E não é que conseguimos sobreviver por mais um ano nesse ‘novo normal’? Esse período da pandemia vem sendo extremamente complicado para todos. Tanto que, em diversas ocasiões, tivemos que nos reinventar para superar os inúmeros desafios que surgiram nesse tempo. Mas o futuro há de ser melhor.
Durante esses dois últimos anos, ‘resiliência’ foi a palavra que nos acompanhou para conseguirmos enfrentar toda essa tempestade. Tanto no âmbito pessoal, como profissional. E, assim como nós, a comunicação também teve que se transformar para se adequar às novas realidades.
Com o isolamento social, a única interação que nos restou foi por meio da internet e das mídias sociais. Tanto que, de acordo com uma pesquisa realizada pela ‘App Annie’, o Brasil registrou a maior média de tempo gasto em aplicativos no mundo em 2021. O levantamento foi feito com base nos dados do segundo trimestre deste ano, mapeando que os brasileiros passam, em média, 5,4 horas por dia nos apps.
Os resultados ainda indicam que, nesses últimos anos, o tempo médio de conexão dos usuários aumentou em cerca de 45%. E isso é um reflexo mundial! O estudo também aponta que, caso essa tendência se mantenha pelo planeta, podemos ultrapassar 800 bilhões de horas conectadas, marca já alcançada em 2020. Impressionante, não é mesmo?
Outro detalhe importante: os dois aplicativos que foram os mais baixados nesse período, ainda de acordo com a pesquisa, são plataformas voltadas para o vídeo: Tik Tok e YouTube. O que concluímos com isso é que o audiovisual já se provou ser o novo carro-chefe do meio digital, e que as perspectivas da comunicação para 2022 passam, indispensavelmente, por esse formato.
E quais são as tendências do ramo para o ano que vem? Bom, uma das principais é a preocupação crescente com a garantia de diversidade e inclusão em campanhas, ações e projetos sociais da comunicação. Além disso, a acessibilidade na oferta dos conteúdos e na construção dos canais, junto da valorização da experiência integrada do usuário e consumidor, terão um destaque ainda maior.
Outra questão que vem ganhando cada vez mais espaço no meio é a utilização da inteligência artificial e do Business Intelligence (BI) para aprimorar o relacionamento com os clientes. Fatores tão importantes quanto o investimento das marcas em branding e em ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, da sigla em inglês), que tem o papel de impulsionar posicionamentos oficiais diante de causas urgentes da sociedade.
Todo esse processo passa por uma reestruturação da cultura e dos modelos organizacionais das empresas, muito hierarquizados, que precisam dar espaço para uma mentalidade moderna, ágil e mais fluida. Justamente por isso, a gestão de pessoas será ainda mais importante na área, já que tem se provado um processo extremamente necessário nos últimos anos.
E não posso esquecer de ressaltar que o Marketing de Influência, já consolidado no mercado, precisa dar um passo adiante. E qual seria? Fazer com que os influenciadores atuem como cocriadores, e não apenas como meros disseminadores de conteúdo.
Você pode estar pensando: ‘Quanta coisa, não?!’. Realmente, as tecnologias potencializam as inovações, inclusive na área da comunicação. Mas, de todas essas ações, podemos tirar um denominador comum: o audiovisual. Esse formato será o elo responsável por garantir que todas essas tendências sejam efetivamente demonstradas para o público.
Comentei que a resiliência ganhou cada vez mais destaque nos últimos anos, mas, para o próximo, chegou a vez da atitude. Precisaremos de força, criatividade e determinação para superar os desafios que virão. Para que a situação seja melhor em 2022, teremos que ser fortes. E não se esqueça: apostar no vídeo!
Rodrigo Bernardino, CEO do Grupo Mostra de Ideias
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