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Profissionalização de gestão e prática de governança corporativa nas entidades de classe

As práticas de governança corporativa geram valor em longo prazo para as instituições; após o fim do imposto sindical obrigatório, as entidades são como empresas e precisam agir como tais

Foto: Divulgação

De acordo com os dados da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, existem no Brasil 5.174 sindicatos que representam a classe empresarial, porém, na maioria dos casos, as entidades não profissionalizam suas gestões e não geram confiança para seus associados e para seu público em geral. Para Ana Jarrouge, presidente executiva do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e região (SETCESP), o ideal é que as entidades adotem a prática de governança corporativa (GC). “Adotar práticas de GC preservará o valor econômico da organização, facilitará o acesso aos recursos e também contribuirá para a longevidade e qualidade da gestão”. A governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. Além disso, segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), essas práticas geram valor de longo prazo, como transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. “A transparência permite a todos os interessados obter informações a respeito da organização, que vão além daquelas já impostas por leis ou por regulamentos. A equidade revela o tratamento justo e isonômico de todos os stakeholders, como sócios, fornecedores, clientes, colaboradores, terceirizados, prestadores de serviço e parceiros. A prestação de contas precisa ser feita de forma clara, concisa, compreensível e tempestiva, assumindo inclusive as consequências de suas ações e omissões. Por fim, responsabilidade corporativa significa conduzir a organização para que ela tenha viabilidade econômico-financeira, trabalhando para reduzir os riscos do negócio e para fomentar as oportunidades para seu crescimento, levando em consideração os capitais financeiro, intelectual, humano, social, ambiental, de reputação e manufaturado, nos curto, médio e longo prazos”, analisa Ana. Ainda de acordo com a executiva, muitas dessas práticas são negligenciadas na maioria das entidades representativas de categorias patronais ou laborais, mentalidade essa que precisa ser atualizada. “Após o fim do imposto sindical obrigatório, as entidades são como empresas e por isso precisam agir como tais. Gerir as entidades como verdadeiras empresas foi uma tremenda oportunidade que o fim do imposto sindical obrigatório proporcionou, cabendo a nós aproveitá-la. Inclusive, para melhorar a desgastada e desacreditada imagem das entidades sindicais de um modo geral no nosso país”. Em 2019, o SETCESP modernizou seu estatuto e passou a adotar as práticas da GC em sua gestão. Neste contexto, formou-se o Conselho Superior e o Conselho de Administração, ambos presididos por Tayguara Helou, presidente eleito, e optou-se pela seleção e pela contratação de um presidente executivo, cargo ocupado atualmente por Ana Jarrouge. “Passados cerca de dez meses, posso garantir que todos ganharam, os associados mais. Isso porque o SETCESP iniciou um grande projeto de gestão empresarial e dará passos largos neste sentido, oferecendo serviços de qualidade, eventos sob demanda e diversas outras ações para contribuir com o dia a dia do transportador”, finaliza Ana. (Divulgado 17/06/2020)


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