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Revisão de contrato de concessão de rodovias e pedágios paranaenses gera repercussão

Revisão de contrato de concessão de rodovias e pedágios paranaenses gera repercussão no transporte rodoviário de cargas

O fim da vigência em novembro de 2021 dos contratos de concessão das rodovias que atravessam o Paraná levou os governos federal e estadual a se prepararem para as futuras concessões a serem licitadas para a iniciativa privada no próximo ano. O intuito principal é elaborar um novo modelo de pedágio de forma que os problemas ocorridos ao longo desses 25 anos não voltem a se repetir, o que gerou repercussão entre os empresários do setor de transporte rodoviário de cargas (TRC).


De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Fazendo do Governo do Estado do Paraná, foram investidos R$ 409,8 milhões em obras e em infraestrutura no ano anterior, garantindo 12 novas obras para rodovias estaduais. No entanto, a infraestrutura apresentada pela malha rodoviária paranaense não é compatível com as necessidades atuais. Com esse novo modelo apresentado, o Paraná terá o maior pacote de concessões de rodovias do Brasil, abrindo portas para mais melhorias e investimentos.


Outra mudança proposta pelas novas concessões é o preço do pedágio: o governo do Paraná pretende diminuir a tarifa atual em aproximadamente 40%, o que ocasionou discussões no TRC. Eduardo Ghelere, diretor executivo da Ghelere Transportes, empresa paranaense com mais de 200 veículos em sua frota e com 35 anos de atuação no Estado, chama atenção para a eficácia das melhorias propostas diante da redução das tarifas. “A intenção é melhorar a malha rodoviária para um nível similar ao de São Paulo, razão pela qual não vejo possibilidade de uma redução nesse nível. Se o valor cair quase pela metade, não haverá investimento em nível satisfatório”, diz Eduardo.


A modernização da infraestrutura das rodovias promete trazer mais segurança para os usuários, o que resulta em um transporte menos oneroso, trazendo vantagens para o setor. “O segmento de transporte rodoviário de cargas pode se beneficiar com os dois pontos: as obras e a redução”, aponta Ghelere. No entanto, é preciso destacar as despesas que tais reformas demandam. “É uma questão de equilíbrio, pois as rodovias ficarão intransitáveis em alguns anos se não houver aumento de infraestrutura, o que exige, consequentemente, maior investimento. Acredito que investidor algum colocaria dinheiro sem previsão de retorno”, acrescenta.


De acordo com o empresário, as propostas do Governo Estadual são divergentes às do Governo Federal. “O Governo Estadual busca um modelo mais barato e com risco de reviver o passado, ou seja, de se utilizar do apoio do judiciário para atrasar as obras e de não realizar os investimentos necessários. O Governo Federal, por outro lado, propõe o modelo de outorga onerosa, o que evita riscos mas encarece o processo licitatório”, aponta.


O novo modelo de pedágio prevê a implantação de novas praças, principalmente nos locais onde as rodovias carecem de melhorias e obras. Tais medidas favorecem o setor de transporte rodoviário de cargas (TRC), que hoje lida com uma estrutura realizada pensando em 1997, desproporcional ao fluxo de veículos atual. Desse modo, o diretor executivo aponta alguns fatores que considera de extrema importância para o segmento. “As melhorias efetivas são os trevos; no Paraná ainda temos muito trevo em nível – no qual devemos fazer viadutos -, além de termos rodovias com lombadas e semáforos”.


Para atender às necessidades do TRC e ainda assim ser uma proposta viável, o empresário paranaense destaca alguns fatores. “As obras previstas atendem e superam as expectativas com alguns itens dos quais ainda não vejo necessidade, como sinal de wi-fi em todo o trecho, câmeras e iluminação diferenciada. Nós precisamos de uma boa rodovia, simples e bem feita, com o menor custo possível. O desejo seria ter alguns desses itens, mas temos que avaliar o custo diante do cenário atual”, finaliza Eduardo.


O último fator fundamental que demanda investimento apontado por Ghelere é a duplicação das rodovias, permitindo uma segurança maior para os motoristas e maior velocidade média das pistas, o que aumenta a eficiência do segmento. Por esses motivos, os projetos de licitação para as próximas concessões das rodovias paranaenses têm repercutido no setor de transporte rodoviário de cargas, além de dar esperança aos empresários do ramo, que anseiam por melhorias na malha rodoviária.


(Divulgação: 03/05/2021 | Fonte: Logweb)


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