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A Consciência Negra é um convite para refletirmos sobre mudanças


20 de novembro é um dia histórico. Tanto pelo significado e pela importância da memória quanto pelo papel que a data representa nos dias atuais. Embora ainda tenha muito a ser conquistado e a população negra continue, em sua grande maioria, sofrendo os efeitos de todo o processo da escravidão, os avanços passam a ser sentidos com maior intensidade a cada ano.


Essa luta vem crescendo e ganhando força a cada momento, fruto de muito empenho e persistência de entidades e defensores da causa. Não apenas da comunidade negra, como também de todos que acreditam que seja necessário viver em um mundo repleto de igualdade e diversidade racial. Diversidade de pessoas, igualdade de direitos.


Mas não é fácil reverter todo um passado de discriminação. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) mapeou que a desigualdade racial de renda no Brasil praticamente não mudou nas últimas três décadas. Existem desafios severos e também aqueles que são contrários a todo esse engajamento, mas a sociedade está em transformação e não há mais volta. Ainda bem.


Com as redes sociais e o fluxo de informações, as denúncias de preconceitos raciais, de menor e maior visibilidade, passaram a ter implicações reais, sendo importantes para expor e divulgar a causa. Tudo isso vem colaborando para que o racismo estrutural seja combatido, mesmo que de pouco a pouco e de dentro para fora.


Só que, para que isso de fato se espalhe, no país é necessário ter cada vez mais representatividade em todas as esferas da sociedade. Ainda existem poucos negros em posições de destaque, se compararmos com a realidade da proporção nacional. De acordo com dados recentes do IBGE, os negros representam 54% da população brasileira. Quantas pessoas pretas você conhece que ocupam funções de liderança?


Por isso, a oportunidade se torna uma questão-chave nessa luta. Quanto mais representantes e holofotes a comunidade tiver, automaticamente mais pessoas irão se inspirar nos exemplos e pensar: “eu também posso”. É esse processo que buscamos.

O Dia da Consciência Negra é extremamente importante para refletirmos. Quando se tem uma data nacional que atenta para uma causa, a luta acaba ecoando e conquistando um espaço maior. Precisamos sempre lembrar do que já foi transformado, mas, principalmente, do que ainda precisamos fazer para que o futuro possa ser igual para todos.


E o que precisa ser feito é garantir que a campanha tenha cada vez mais voz. Um grande exemplo de uma iniciativa nesse sentido é a ocorrência cada vez maior de processos seletivos voltados para pessoas negras. Isso é uma grande oportunidade para que ambientes, antes inabitados por nós, possam receber cada vez mais a grande parcela da população brasileira.


É com esse ideal que o Grupo Mostra de Ideias procura fazer a diferença. Incentivamos que a agência seja a mais plural possível, pois é assim que conseguiremos ter cada vez mais sucesso e representar fidedignamente o nosso Brasil. Quando movimentos com esse intuito ganham força nacional, a sociedade acaba incorporando essa mudança.


Com mais oportunidades, conseguimos fazer a diferença. E cada um de nós tem a responsabilidade de fazer essa diferença e de criar oportunidades: de falar, de fazer, de combater o preconceito, de correção, de estender a mão. E de sermos cada vez melhores.


Rodrigo Bernardino, CEO do Grupo Mostra de Ideias

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