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A implementação da tecnologia na visão dos empresários do transporte de cargas

Digitalização, mindset e automação foram alguns dos temas discutidos

Foto: Divulgação

Segundo dados do portal de cursos Administradores.com, cerca de 95% das empresas são informatizadas, 97% das quais têm acesso à internet. Além disso, a internet está presente na maioria das organizações, com aproximadamente 2,3 mil companhias brasileiras de sete diferentes setores a utilizando por completo. Apesar de expressivos, ainda não existem registros sobre a utilização de recursos como inteligência artificial e outros processos. A tecnologia já está presente na maioria das empresas do mundo. É muito difícil achar algum modelo de negócios que se sustente sem ela. Empregar tecnologias nas estruturas deixou de ser um diferencial no âmbito mercadológico. Agora, o que coloca uma instituição à frente das demais é a forma assumida pela tecnologia – seja na robotização de processos, rastreamento via satélite, frotas autônomas, entre outros – e como seu uso melhora os resultados. Para o CEO da Flash Courier, Guilherme Juliani, a tecnologia continua sendo o centro de tudo. “O mundo hoje não se move mais sem tecnologia. Hoje, as nossas discussões com os clientes normalmente rodam 70% em cima desses sistemas, processos, informações. E a informação é tudo hoje nas tomadas de decisões. Se você quiser ter 10, 20, 100, 200, se você quiser fazer um milhão de entregas, dois milhões de entregas, as informações são extremamente cruciais. Então, desde a telemetria do seu caminhão, desde a produtividade do seu entregador na ponta, da otimização das rotas, da tecnologia pra otimizar a roteirização, a automação dentro do seu cd, tudo hoje gira em torno da tecnologia”, aponta. Outra questão muito latente na atualidade é a transformação digital do mercado. Mas o transporte estaria pronto para essa questão? O diretor da Costa Teixeira Logistics, Marcos Teixeira, vê o transporte como iniciante nesse processo. “O transporte sempre foi um setor muito convencional com uma mão de obra normalmente também muito tradicional, e hoje acho que todas as transportadoras estão sendo provocadas pelos embarcadores maiores, que já vêm com essa pegada tecnológica muito mais avançada, e o que sentimos hoje é isso: precisamos de uma mudança cultural. Costumo dizer que a tecnologia não é mais um opcional, na realidade ela é mandatória se você quer sobreviver. O transporte virou uma comodity. Temos que ir atrás dessas novas tecnologias para ganhar produtividade e para performar bem no mercado”, conta. A tecnologia no transporte como mindset “Hoje o transporte não é mais como ela era um tempo atrás. Eu vejo que o transporte depende basicamente da tecnologia. Então nós temos muitas ferramentas, muitas metodologias que trazem segurança, redução de custos e qualidade, e eu não vejo mais como transportar sem ter tudo isso. Hoje vejo o transporte sendo tecnológico, sendo inovador. Tecnologia não é uma coisa inacessível, não é uma coisa impossível, é o mindset”, diz Rafaela Cozar, head de gestão e inovação da Roda Brasil Logística. E o que seria esse mindset? O diretor comercial do Grupo Scapini, Lucas Scapini, explica: “Hoje, essa parte de automação e de digitalização, a tecnologia não retrocede mais, ela só evolui cada vez mais. As pessoas interpretam inovação como a compra de um software, ou acham que é gastar dinheiro, mas não, é muitas vezes render um processo, fazer diferente, isso é inovar. Entretanto, esse movimento não deve ser apenas um pensamento. Deve vir acompanhado de ação, conta a head de gestão estratégica, finanças e pessoas da TransJordano, Joyce Bessa. “Ainda temos algumas dificuldades internas. Muitas vezes, as pessoas acham que não dá pra fazer. Muitas pessoas ainda são avessas à inovação. Existe uma dificuldade, mas o que você como líder está fazendo para que essa dificuldade seja vencida? Qual o seu discurso? Será que a sua ação está indo de encontro à sua fala?” (Divulgação 01/12/2020)



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