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Aumento do preço do biodiesel vai impactar transportadores


O custo do diesel tem sido um dos temas mais recorrentes nos últimos meses, devido a um um período de instabilidade caracterizado pelo aumento de preços, impulsionado pela alta do dólar e do preço do barril de petróleo.


Estimativas apontam que o aumento no preço do diesel foi de 16,8% no primeiro trimestre de 2021; nas refinarias, o valor acumulado já chega a 36,14%.

O Governo Federal tentou intervir, reduzindo impostos, mas após o fim da isenção, o preço do combustível subiu 5%, chegando a um valor maior do que no período da greve de caminhoneiros, registrada em maio de 2018.


O setor de transporte rodoviário de cargas é o setor mais afetado pelas oscilações no valor do combustível, já que, somente em 2020, o segmento consumiu cerca de 53 bilhões de litros de diesel, uma participação de 75% no consumo total do combustível.

Segundo Diego Nazari, diretor desenvolvimento e negócios da Rodovico Transportes, a oscilação dos preços possui impacto direto no setor e está ligada ao desempenho econômico do TRC.


“Atualmente o custo do combustível representa de 40 a 45% do faturamento do negócio. O efeito de qualquer porcentagem, de baixa ou de aumento, impacta diretamente o resultado”, afirma.


Além das altas no valor do petróleo e na cotação do dólar, o aumento de preços da soja deve pressionar os valores do biodiesel, já que a commodity é a principal matéria-prima do biodiesel.


Embora o Governo Federal tenha anunciado em abril a redução de 13% para 10% da mistura de biodiesel no diesel, em uma tentativa de conter a alta, o preço do grão já aumentou mais de 80% no último ano, impulsionado principalmente pela demanda chinesa.

Uma das formas que os empresários do setor tem encontrado para reduzir custos e manter a competitividade é o mapeamento de rotas e busca por parcerias.


“Mapeamos nossas rotas e buscamos parcerias com estrutura de abastecimento próprio para compra diretamente de distribuidoras. Assim, conseguimos otimizar nossos abastecimentos dentro de bases compartilhadas para redução do custo” comenta Nazari.

Os aumentos de preços tem preocupado o transportadores.


“Ninguém quer gerar prejuízo ou reduzir sua margem. Temos uma dificuldade no repasse de custos. Ninguém quer assumir a conta sozinho”, finaliza.


(Divulgação 26/05/2021 | Fonte: Blog do Caminhoneiro)

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