Empresas e pessoas físicas têm até dezembro para destinar impostos a projetos culturais

Apoiar a cultura brasileira é mais fácil do que você imagina, e não exige dinheiro extra. Até o dia 31 de dezembro, a Lei Federal de Incentivo à Cultura permite que empresas, tributadas com base no lucro real, destinem até 4% do Imposto de Renda devido para apoiar iniciativas culturais, enquanto pessoas físicas podem contribuir com até 6%. Na prática, o mecanismo oferece a possibilidade de apoiar projetos sem custo adicional, já que o valor é abatido do imposto a ser pago.

De acordo com dados oficiais do Ministério da Cultura, a lei captou mais de R$765 milhões nos primeiros seis meses de 2025, aumento de 37,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando a captação foi de R$556 milhões. A lei viabiliza exposições, espetáculos de artes cênicas, publicações, patrimônio cultural, museus e outras iniciativas que preservam e valorizam a memória e a identidade cultural do país.

A Fundação Memória do Transporte (FuMTran) intensificou sua campanha de captação de patrocinadores para iniciativas que resgatam a história da mobilidade no país. Com ajuda da Lei de Incentivo Federal à Cultura, a entidade já realizou projetos editoriais e lançou, em 2021, o Museu Virtual da Memória do Transporte Brasileiro, que reúne cerca de 20 mil itens digitalizados, como fotos, documentos, vídeos e depoimentos. “É uma forma legítima e simples de investir na memória do Brasil, conectando passado, presente e futuro por meio da preservação cultural”, afirma Antônio Luiz Leite, presidente da FuMTran.

A participação como patrocinador em projetos culturais oferece vantagens estratégicas e simbólicas à pessoa física ou à empresa colaboradora. “Na FuMtran, além da visibilidade institucional, os patrocinadores recebem contrapartidas como participação em ações de relacionamento, presença de marca e até produtos exclusivos desenvolvidos nos projetos apoiados”, complementou o presidente.

A FuMTran também desenvolve projetos literários como A História do Transporte na Amazônia e A Era das Máquinas: História dos Guindastes no Brasil, ambos viabilizados com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. “O prazo para incentivar vai até o final deste ano, é importante reforçar que ainda há tempo para empresas e pessoas físicas destinarem parte de seu Imposto de Renda para iniciativas culturais. É uma oportunidade de transformar o pagamento de um tributo em investimento direto na preservação da memória e da identidade do Brasil, sem nenhum custo adicional”, destaca Antônio Luiz Leite, presidente da FuMTran.