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Especialista em investimentos internacionais avalia riscos e oportunidades diante da instabilidade no Oriente Médio

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Na última terça-feira, 24 de junho, Irã e Israel entraram em um acordo de paz após 12 dias de guerra e ameaças. Todavia, as tensões entre os dois países e as declarações dos líderes de ambas as nações trazem uma sensação de insegurança, levando o mundo a ficar sob alerta. No auge do desentendimento, o país islâmico ameaçou fechar o Estreito de Ormuz, por onde circula cerca de 20% do petróleo mundial e prejudicaria principalmente a China. Além disso, o ingresso dos Estados Unidos na guerra poderia causar transformações significativas no mercado financeiro internacional. 


Com os dois principais aliados comerciais do Brasil envolvidos ou sendo impactados diretamente pelo conflito, os investidores brasileiros com ativos no exterior ficaram diante de um cenário de maior volatilidade e cautela. Como explica Adriano Murta, especialista em investimentos internacionais, caso o confronto recomece, pode haver queda nos preços de ações brasileiras, saída de capitais e valorização de moedas consideradas seguras, como o dólar. Em compensação, cresce o apelo por ativos locais de renda fixa, que têm oferecido retornos reais bastante atrativos.


Esse movimento de retração afeta setores de forma desigual. Ações de companhias aéreas, indústrias com alto consumo de energia e empresas com forte exposição à China tendem a sofrer mais. Já setores como petróleo, defesa, mineração, renováveis e agronegócio despontam como potenciais beneficiados. “A incerteza faz com que investidores se voltem para ativos tangíveis, empresas de infraestrutura e setores ligados à segurança energética e alimentar”, analisa Murta.


Para os perfis conservadores, o especialista recomenda estratégias voltadas à preservação de capital. Isso inclui alocações em renda fixa de alta qualidade, diversificação geográfica e setorial, reservas em moedas fortes como dólar ou ouro e fundos imobiliários defensivos. “Evitar ativos especulativos, manter liquidez e priorizar empresas que pagam dividendos consistentes são passos fundamentais nesse momento”, afirma Murta.


Apesar do cenário tenso, o especialista ressalta que o cenário de instabilidade não compromete a estrutura do mercado imobiliário dos EUA, considerado um porto seguro. Segundo Adriano, os imóveis americanos continuam sendo ativos atrativos. Mesmo com a possibilidade de juros altos por mais tempo, o setor segue sólido, especialmente em nichos como logística e residências multifamiliares.

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