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Executiva avalia lições da crise e traça expectativas para retomada econômica

Com reabertura do comércio, dados da economia voltaram a subir e empresários já fazem um balanço dos aprendizados e se planejam para o futuro

Foto: Divulgação


Após meses de quedas e incertezas, a economia brasileira começa a dar sinais de reação, e a retomada das atividades nas grandes cidades do país é um dos principais motivos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 5,7% em julho, atingindo uma retomada de 80% em relação aos índices pré-pandemia. Esse índice apresenta a relação entre o volume efetivamente produzido pela indústria e o que poderia ser produzido se o equipamento estivesse operando a plena capacidade. Outro dado que chama atenção e afirma essa retomada é o Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria no Brasil, que atingiu o nível recorde de 58,2% em julho.


Os dados sinalizam uma recuperação mais rápida que o esperado para o terceiro trimestre, e, de acordo com a executiva Ana Jarrouge, os empresários estão mais otimistas com o futuro da economia no país. “Apesar das dúvidas que cercam a população, percebo que existe uma visão mais positiva para o momento pós-pandemia. As pessoas estão vendo caminhos para que o Brasil receba novos investimentos e volte a crescer, que é o mais importante”.


O setor de transporte de cargas, onde Ana atua em empresas e entidades representativas há mais de 20 anos, também sofreu forte queda na demanda de serviços. Segundo a Associação Nacional do Transportes de Cargas e Logística (NTC&Logística), no auge das medidas restritivas, em abril, a variação negativa da demanda por transportes rodoviários de cargas chegou a 45,2%. Atualmente, essa variação negativa é de 22,91%.


Para a especialista, esse momento trouxe lições importantes para todos, inclusive para o setor de transporte. “Diante de tudo que estamos passando, enquanto sociedade, a maior lição que fica é a adaptabilidade: tivemos que nos adaptar muito rápido, com tomadas de decisões mais aceleradas e adiantando situações que poderiam mudar a cada momento. No setor de transportes, muitas empresas se viram obrigadas a acelerar seus processos de digitalização e a aprimorar seus serviços.”


Ainda segundo Ana, o home office é uma das importantes lições que a pandemia tem ensinado para as empresas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,5% (8,86 milhões de pessoas) da força de trabalho brasileira ficou em home office durante a pandemia. “Até esse momento, muitas pessoas e empresas desacreditavam do trabalho remoto. Com a pandemia, fomos obrigados a trabalhar em casa, e isso serviu para entendermos sua funcionalidade. Com as diversas tecnologias existentes, as empresas podem medir a produtividade dessas pessoas e os colaboradores podem ter maior qualidade de vida e otimizar o tempo que perdiam com a locomoção até o escritório”, completa Jarrouge.


Porém, a executiva alerta as empresas para o uso correto dos contratos. “É necessário definir previamente a jornada de trabalho e a existência ou não de controle dela. No contrato deve constar uma cláusula a respeito da observação rigorosa dos cuidados preventivos com relação à segurança do trabalho, declarando o recebimento de manual específico sobre este tema. Além disso, é fundamental que o documento deixe claro quem será o responsável por adquirir e por manter os equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessários”.


O Brasil é atualmente o segundo país com mais casos de covid-19 no mundo, com mais de três milhões de pessoas infectadas. Apesar das dificuldades, a retomada econômica tem acontecido. “O momento trouxe uma gama de novas funcionalidades e oportunidades. Então, o que fica é um legado de aprendizado e de adaptação e uma grande lição para nos mantermos preparados para situações divergentes e que podem afetar os nossos negócios”, finaliza a executiva.



(Divulgado 31/08/2020)

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