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Gestão afetiva no setor de transporte de cargas pode transformar a jornada profissional

Método busca estreitar o relacionamento entre liderança e equipe, proporcionando segurança, produtividade e qualidade nos serviços

Foto: Banco de imagens/Canva


Uma visão pouco explorada no mundo corporativo é o relacionamento interpessoal e a aplicação de um tipo de gestão mais direta, porém sensível, entre liderança e equipe dentro de uma empresa. Segundo um estudo realizado pela consultoria americana Leadership IQ em 2018, 87% dos funcionários não se sentiam engajados no trabalho por causa de seus líderes. O estudo apontou que a falta de habilidades de liderança, como a sensibilidade, é um dos principais fatores que afetam a interação dos colaboradores.


Em um cenário corporativo cada vez mais competitivo, esse reflexo rebate em setores nos quais esse recurso ainda é pouco explorado, como no transporte rodoviário de cargas (TRC). Estudos recentes do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) mostram que o número de motoristas habilitados com a carteira tipo C caiu cerca de 18% entre 2010 e 2021. Muito desse resultado se deu, segundo os entrevistados, pela falta de valorização do trabalho, o que desencadeia um problema já muito conhecido do setor, que é a dificuldade de contratação de motoristas para as operações e de retenção desses profissionais causada pelo distanciamento entre liderança e colaborador.


A prática da gestão afetiva é uma maneira simples de oferecer recursos que demonstrem essa valorização do motorista na parte operacional e das equipes internas nas transportadoras. Gislaine Zorzin, diretora administrativa e de novos negócios da Zorzin Logística, utiliza dessa forma de liderança em sua empresa: “A gestão afetiva nada mais é do que uma abordagem que visa aprimorar a relação entre as pessoas no ambiente de trabalho, promovendo um clima organizacional saudável e produtivo. Essa ação, aliada ao transporte rodoviário de cargas, pode contribuir beneficamente à valorização do setor, sendo também um diferencial”.


Embora esse tipo de abordagem seja comum no relacionamento entre colegas de trabalho e seus superiores hierárquicos, a ideia é, além de obter um ambiente corporativo mais afetivo e humano, evoluir a forma de coletividade, necessária para o bom funcionamento no transporte de cargas.


Dentro da Zorzin Logística, esse processo já é realizado. “Como gestora de uma transportadora, vejo de perto as dificuldades e os anseios do setor e de todos que vivenciam o dia a dia no transporte. A contribuição que a gestão afetiva oferece para a Zorzin e o TRC como um todo é essencial tanto para termos uma comunicação mais clara e assertiva com as nossas equipes quanto para fortalecermos nossa cultura organizacional, reforçando o comprometimento dos colaboradores e oferecendo um clima saudável para todos”, explica Gislaine.


Portanto, o trabalho com a gestão afetiva pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de serviços no TRC e, também, para o enfrentamento dos desafios internos e externos dentro das companhias, trazendo um diferencial aos resultados. Essa aplicação pode acontecer desde uma conversa com seu colaborador a atividades e eventos que proporcionem essa interação de proximidade.


“Para implementar essa abordagem no segmento de transporte rodoviário de cargas, é importante que as empresas invistam em treinamentos e em capacitações para gestores e colaboradores, criando, assim, uma cultura organizacional mais positiva e colaborativa”, finaliza a executiva.


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