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Foto do escritorEquipe de Conteúdo GMI

A retomada da cultura em 2022



A chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil no início de 2020 trouxe consigo prejuízos significativos para diversos setores da sociedade brasileira. As medidas restritivas adotadas por municípios e estados, em especial no que diz respeito à circulação de pessoas nos espaços públicos e privados, - medidas essas indispensáveis para o combate à pandemia - acabaram resultando em tremendos danos financeiros e psicológicos a inúmeros trabalhadores do setor cultural. Durante esse período, no contexto da paralisação dos eventos culturais para grandes públicos, uma frase se popularizou entre os agentes de cultura: “Fomos os primeiros a parar, e seremos os últimos a voltar”.


Desde os primeiros efeitos da pandemia, a perspectiva era de grandes desafios para o segmento. Pesquisas recentes apontam que, em 2020, cerca de 40% dos equipamentos e organizações culturais demitiram todo o efetivo de funcionários. Com relação à contratação de terceiros, houve uma redução de até 49% entre maio e julho do ano passado.


Após quase dois anos de impedimento das práticas culturais para grandes públicos e em ambientes fechados, uma luz no fim do túnel começou a surgir. Com a baixa do número de casos confirmados de covid-19 no Estado de São Paulo, e o avanço da vacinação em todo o País, o retorno das atividades artísticas se tornou iminente. Ainda em 2021, diversas instituições culturais retomaram suas atividades, ainda que seguindo protocolos de saúde. No entanto, a expectativa maior é para o ano de 2022, que promete uma retomada mais segura e definitiva das apresentações. O Governo de São Paulo já anunciou, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, um investimento de R$ 200 milhões em projetos culturais para o ano de 2022.


No momento, o principal empecilho para o retorno dos eventos culturais é a chegada da variante Ômicron ao Brasil. Essa variante da covid-19 se destaca pela alta transmissibilidade e, portanto, pode frustrar os planos de uma volta repentina das atividades. De acordo com dados do Ministério da Saúde, já são 74 casos confirmados da variante no País, e outros 116 casos estão sob investigação.


O prolongamento das medidas restritivas no combate ao novo coronavírus seria mais um golpe duro nos trabalhadores do setor. Muitos tiveram de recorrer a auxílios do governo, ou até mudar de profissão durante a pandemia para sobreviver. Fato é que a pandemia evidenciou uma situação de precariedade vivida há muitos anos pela classe artística, e agravou as dificuldades financeiras de quem atua neste ramo de atividade.


O futuro do segmento permanece incerto. O aparecimento da variante Ômicron certamente impõe um cenário um pouco mais desanimador. Contudo, há de se considerar que aproximadamente 80% da população brasileira já recebeu as duas doses da vacina, o que diminui a possibilidade de uma nova alta de casos no País. O que resta é esperar e se cuidar, para que em breve possamos todos aproveitar com segurança os eventos culturais do próximo ano.


Que 2022 seja o ano da retomada da cultura!



Por Lucca Prioste do Grupo Mostra de Ideias


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